A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO: UM AMBIENTE SEGURO E ABERTO AO DIÁLOGO E A PREVENÇÃO DA SÍNDROME DE BURNOUT

A saúde e o bem-estar dos colaboradores são fundamentais para o bom funcionamento e produtividade de qualquer empresa.

Um ambiente de trabalho seguro, acolhedor e aberto ao diálogo é fundamental para promover a saúde física e mental dos colaboradores, prevenindo, assim, o desenvolvimento da síndrome de Burnout e de outros transtornos psicológicos, um problema crescente nos ambientes corporativos.

Afirma-se isso, pois segundo o apresentado pelo Ministério da Saúde, a principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho, tendo em vista que 

A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade (SÍNDROME…, 2023). 

Além disso, os efeitos da síndrome de Burnout não se limitam ao indivíduo afetado, mas podem se estender a equipes e empresas inteiras, resultando em um ambiente de trabalho tóxico e ineficaz. 

Num contexto tão globalizado como o atual, discutir a relação entre desenvolvimento tecnológico, aumento da cobrança e questões de cunho psicológico se faz fundamental. Sob essa ótica, como sustenta José Luiz Souto Maior,

O desenvolvimento tecnológico provoca impactos na organização produtiva e consequentemente na estruturação da sociedade caracterizada pelo modo de produção capitalista. A tecnologia, em si, não é uma revolução, servindo isto sim, à reprodução do mesmo sistema, mas gera repercussões que explicitam contradições que permitem uma melhor concepção da realidade (MAIOR, 2017, p. 45).

O malefício desse desenvolvimento tecnológico se reflete no fato de que as ferramentas virtuais são as principais responsáveis pela conexão permanente dos funcionários.

Essa disponibilidade constante para o serviço causa uma hiperconectividade que é o pano de fundo da teoria de Byung-Chul Han.

Como pontua Han, filósofo e ensaísta sul-coreano, professor da Universidade de Artes de Berlim, em seu livro “Sociedade do Cansaço”, “vive-se com a angústia de não estar fazendo tudo o que poderia ser feito” (HAN, 2015) e que “hoje a pessoa explora a si mesma achando que está se realizando; é a lógica traiçoeira do neoliberalismo que culmina na síndrome de Burnout” (HAN, 2015).

Tem-se, pois, como consequência dessa autocobrança, a “alienação de si mesmo”, refletindo, novamente, em uma sociedade de pessoas cada vez mais cansadas, com as saúdes mental e física abaladas.

Questiona-se, nesse ponto, como as empresas podem auxiliar na prevenção de seus colaboradores, sem que para isso seja necessário abrir mão de sua produtividade.

A resposta faz-se clara: a prevenção da síndrome de Burnout, assim como de outras doenças comuns no âmbito trabalhista, como depressão, começa com a criação de um ambiente de trabalho propício ao bem-estar dos funcionários, cujo diálogo seja a base e o respeito para com o outro de fato ocorra. 

Nesse ínterim, entende-se que as empresas necessitam de promover uma cultura que valorize o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, evitando, pois, a sobrecarga e estimulando o descanso adequado.

Para isso, definir metas realistas e apoiar os funcionários, garantindo que eles tenham as ferramentas e os recursos necessários para realizar suas tarefas com eficiência faz-se fundamental. 

No mais, reconhecer e valorizar os esforços dos funcionários também se faz necessário.

Sustenta-se isso, pois quando os funcionários são apreciados e reconhecidos por suas contribuições, é mais provável que eles mantenham altos níveis de motivação e engajamento.

Programas de recompensas, feedbacks construtivos e oportunidades de desenvolvimento de carreira são uma ótima forma de começar, por exemplo.

Quando se tem uma comunicação aberta e honesta no local de trabalho, os resultados são claros.

Ouvir as preocupações dos funcionários e ser capaz de oferecer apoio em momentos de extrema vulnerabilidade ou estresse é a chave para o desenvolvimento de um ambiente seguro.

Sustenta-se isso, tendo em o crescente aumento de suicídios gerados pelo excesso de trabalho e cobranças excessivas. 

Ao promover uma cultura de apoio mútuo, comunicação aberta, reconhecimento e valorização, as empresas podem prevenir o esgotamento dos funcionários, garantindo equipes mais saudáveis, engajadas e produtivas.

Os investimentos na prevenção do Burnout demonstram o cuidado e preocupação da empresa com seus colaboradores, fortalecendo relações de confiança e lealdade mútua, uma vez que ao se concentrar ativamente no bem-estar dos funcionários, a empresa está construindo uma base sólida para o crescimento e o sucesso a longo prazo. 

O Escritório PR Lasmar & Associados se coloca à disposição para quaisquer esclarecimentos sobre o tema.